“É o maior contrato da história do clube”.
Geralmente essa é a frase usada pelos dirigentes ao justificarem a escolha de um novo contrato de fornecimento de material esportivo, quase sempre com marcas até então desconhecidas do público.
Ao que tudo indica, essa deverá ser a frase que Atlético Mineiro e Fluminense vão usar, interna e externamente, para explicar as razões que os levaram à escolha da Dry World como nova fornecedora de material esportivo no ano que vem.
Preocupados com o fluxo de caixa, os clubes enxergam nos novos parceiros a galinha dos ovos de ouro. Mas não se atentam para o detalhe que é vital na relação das marcas esportivas com os clubes de futebol: a capacidade de entrega do parceiro.
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A Dry Wolrd até hoje não tem operação no Brasil. Vai usar os dois clubes como chamariz para a marca. Dinheiro, aparentemente, existe. O que falta à marca é capacidade de produzir as peças prometidas em contrato e, mais ainda, de fazer o produto ser colocado à venda para o torcedor, razão de ser do clube.
“Não tem cabimento não vermos o nosso produto nas lojas”.
Geralmente é essa a frase usada, no ano seguinte, para o clube justificar o motivo de romper aquele acordo que, antes, era o maior contrato da história do mesmo clube.
O cálculo que até hoje é feito pelo futebol na hora de escolher a marca esportiva sempre é o dinheiro que ela aporta, e nunca a capacidade de expansão da marca do clube a partir de um bom sistema de produção e distribuição de produtos oficiais.
Dinheiro nem sempre é fundamental.