O mercado internacional ferveu na última semana com os rumores de que a Adidas estaria se desfazendo da Reebok, adquirida pela multinacional alemã há dez anos. O magnata egípcio Nassef Sawiris e o investidor americano Mason Hawkins teriam criado a Southeastern Asset Management para forçar a compra da empresa.
Em entrevista ao Financial Times, o diretor financeiro da marca Robin Stalker, negou qualquer negociação neste sentido.
“Nunca tive uma conversa onde alguém tenha exercício de pressão [para a venda”, afirmou o executivo ao jornal britânico. “Não há nenhuma intenção de vender um negócio que agora começa a se recuperar”, completou.
A menina dos olhos da Reebok, atualmente, é o mercado de crossfit, responsável pelo crescimento de 11,8% da marca nos primeiros nove meses do ano, chegando a € 1,2 bilhões.
Já o mercado do golfe deve deixar definitivamente o portfólio da empresa alemã após a venda da marca TaylorMade, que caiu 29% em 2014 e outros 3,1% no primeiro semestre deste ano.
No geral, a Adidas cresceu 16,7% nos três primeiros trimestres de 2015 e já contabiliza 12,7 bilhões de faturamento. Entre os mercados nacionais, apenas a Rússia ficou no vermelho, com queda de 32% neste ano.
O resultado contrasta com os números obtidos, por exemplo, na China, onde o negócio disparou 42% e alcançou € 1,8 bilhão, situando o gigante asiático como o terceiro maior mercado da empresa, atrás de Europa Ocidental e América do Norte.