O lançamento de um Sistema de Classificação de Estádios, feito na última quinta-feira, por Ministério do Esporte em conjunto com especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro mostra duas situações diferenciadas quando pensamos no conforto de quem frequenta as arenas de futebol no país.
De um lado, é salutar que hoje o Brasil possa ostentar 13 estádios com a classificação de cinco bolas, o que seria equivalente às cinco estrelas de um hotel. A Copa do Mundo de 2014 serviu para atualizar as principais arenas esportivas da elite do futebol nacional.
Há um ônus nisso: é inegável que entre elas haja elefantes brancos como a Arena das Dunas, em Natal (RN), e a Arena Amazônia, em Manaus (AM). Ou a Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), que já apresenta seus primeiros problemas de manutenção, já que foi o único estádio utilizado na Copa que não recebeu nota máxima na avaliação.
No entanto, houve um lado positivo. O Mundial da Fifa serviu para atualizar, nos padrões internacionais, espaços como Maracanã, Mineirão, Fonte Nova, Arena da Baixada e Beira-Rio. As reformas ou construção de arenas de times rivais para a Copa, também motivou equipes como Grêmio e Palmeiras a renovar seus campos.
O lado ruim da classificação é que ela mostrou que quase 90% dos estádios ficaram com três bolas ou menos. É um indício que, se boa parte da elite do Brasileirão hoje oferece espaços satisfatórios aos fãs, quase a totalidade das instalações esportivas para o futebol são inadequadas. Já vimos no passado que o desleixo com questões como segurança gerou tragédias como a da Fonte Nova, em 2007. Que não se repita.