A Crefisa, junto com a FAM, do mesmo grupo, aumentou o contrato com o Palmeiras. Tirou as outras marcas do uniforme alviverde e garantiu maior visibilidade possível. Para isso, abriu o bolso e deve pagar mais do que qualquer outro patrocinador do futebol brasileiro. Mas será que a empresa fez um bom negócio?
A principal questão é a eficiência do patrocínio que foca, prioritariamente, a exposição no uniforme. É, claro, uma estratégia válida para marcas que queiram se tornar mais conhecidas do público, mas ela em nenhum momento estabelece que esse reconhecimento seja positivo e que renda clientes para o patrocinador.
Para piorar, é difícil imaginar que a empresa não conseguisse a mesma propriedade por bons milhões a menos. Se a Crefisa/FAM fechasse por R$ 40 milhões e resolvesse investir R$ 20 milhões em boas ativações com o Palmeiras, possivelmente faria um grande case com o futebol brasileiro; ela teria feito o que ninguém faz nesse volume por essas bandas.
Mas, a princípio, o maior investimento foi para que a empresa tivesse a mesma entrega que já existia na temporada anterior. E não deu a entender que haverá ações mais fortes do que as que já foram feitas, como uma exposição ilegal da taça da Copa do Brasil na FAM da Augusta e “title sponsor” do canal palmeirense no YouTube.
A quantia investida no Palmeiras é tão surreal que se torna complicado achar sentido na iniciativa. Fica impossível não pensar que o patrocínio seja fruto da torcida da família que comanda as duas empresas. Mais uma vez, há um patrocinador sem preocupação no retorno do investimento.