O tempo passa, e nem sempre os velhos símbolos permanecem. Nesta semana, Palmeiras e Fluminense mostraram a importância de atualizar as mascotes para que elas continuem fazendo sentido para os torcedores. Agora, o Guerreiro e o Porco estão oficializados.
O caso mais extremo é o carioca. O Fluminense, definitivamente, abandonou o Cartola, figura usada desde a década de 1940 e que representava a nobreza, a torcida aristocrata que acompanha o time.
Agora, não só o sentido elitista incomoda, como a ligação com o dirigente esportivo, historicamente chamado de cartola. Por isso, o clube adotou o Guerreiro, apropriando-se de um apelido dado pelos próprios torcedores.
“Quando a torcida abraçou, coube ao clube entender e abraçar. Guerreiro agrega um valor interessante, que evidencia a briga por vitórias. É o que queríamos. Virou nossa filosofia, um mantra”, explicou o vice-presidente de marketing do Fluminense, Leonardo Lemos, ao Uol Esporte.
A principal questão é a associação do Fluminense ao “tapetão”, aos escândalos que mantiveram o time na primeira divisão na década de 1990 e, mais recentemente, em 2013. Ser o time do cartola já não é mais bem-vindo.
É diferente do caso palmeirense. Oficialmente, o Periquito ainda é a mascote do clube, mas os torcedores, principalmente mais jovens, já não se identificam com o animal. O Palmeiras, há alguns anos, é o porco.
Na quarta-feira, o clube divulgou a parceria com a agência Peppery, que tem feito uma série de ações online com o clube desde a semana passada, para a disputa da Libertadores. Com o lema “#RaçaPorco”, a mascote popular foi usada pela primeira vez em uma campanha oficial do clube.
Em detalhes, o porco já tem sido utilizado pelo clube. Em 2015, por exemplo, o porco virou túnel inflável para a entrada dos jogadores no Allianz Parque. O Periquito ainda entra em campo, mas é cada vez mais coadjuvante.