Há cerca de nove anos, o Brasil entregou ao mundo um de seus mais bem-estruturados projetos de venda internacional do país. O projeto de candidatura do Rio de Janeiro à sede dos Jogos Olímpicos de 2016 era, naquele 2 de outubro de 2009, um dos mais bem-feitos projetos do que queríamos como país já apresentados.
Agora, a cem dias da realização da primeira edição de Jogos Olímpicos na América do Sul, o país ainda tem o desafio de fazer o evento “cair no gosto” da população e ser um sucesso.
Procuramos listar os motivos que fazem o Rio de Janeiro e o país já considerarem a realização dos Jogos Olímpicos como um marco na história brasileira. Mas também trazemos dez motivos de preocupação para a realização do evento de maneira tal qual o país foi vendido ao mundo em 2009.
Um resultado positivo que já começa a ser visto é que a efeméride serviu para que as marcas, de forma mais concreta, começassem a ativar seu patrocínio aos Jogos Olímpicos, ampliando o engajamento da população com o evento, mais ou menos como foi no período pré-Copa de 2014.
Apesar da crise, da instabilidade política e dos problemas que ainda atrasam a vida brasileira, os Jogos Olímpicos entram em seu período crucial no nosso país.
A partir do próximo dia 3 de maio, terça-feira, a chama olímpica também acenderá mais um pouco, com o início do revezamento da tocha e um aumento natural da cobertura da mídia sobre o evento que terá a cerimônia de abertura dia 5 de agosto, no Rio. Ainda restam 100 dias para os Jogos Olímpicos e ao mesmo tempo faltam só 100 dias para o maior evento esportivo do mundo.
A missão de marcas, mídia e organizadores é fazer com que o evento caia no gosto popular a tempo de criar, no Rio, uma atmosfera propícia para o Brasil justificar o fato de ter sido o país sul-americano a abrigar os Jogos. O relógio está correndo. Rápido.