Palmeiras e WTorre se desentenderam publicamente na terça-feira. A discussão começou com um evento que irá tirar o time do Allianz Parque. O fato gerou revolta de torcedores nas redes sociais. Para se justificar, o CEO do braço de entretenimento da empresa, Rogério Dezembro, realizou uma coletiva de imprensa, o que irritou o presidente do clube, Paulo Nobre.
No próximo dia 22, quando o time receberá o América Mineiro pelo Campeonato Brasileiro, o Allianz Parque exibirá a pré-estreia de Independence Day 2.
Inconformados em perder o estádio para uma sessão de cinema, um grupo de torcedores prometeu invadir o evento, que será público, com ingressos que custam a partir de R$ 45. Para isso, foi criado uma página no Facebook. O pedido é para que torcedores comprem ingressos para gritar cânticos do time e atrapalhar o evento.
Incomodado com a situação, Dezembro foi a público explicar os danos que os protestos poderiam gerar para o estádio palmeirense. E colocou o Palmeiras na história, como envolvido direto na escolha da data. “Dentre as possibilidades que se tinha, decidimos com o clube que seria melhor desta maneira”, afirmou.
Até a entrevista, o Palmeiras havia optado por não se pronunciar, mas as palavras do executivo da WTorre irritaram o presidente palmeirense. Paulo Nobre pediu, então, espaço no canal Espn Brasil para se pronunciar.
“O Palmeiras não trabalha a quatro mãos com a WTorre. O Palmeiras cumpre o que é estabelecido. (Estando) revoltado ou não”, afirmou.
E ainda defendeu os torcedores: “Eu acho absolutamente legítimo o torcedor ficar revoltado com o Palmeiras ter que sair de seu estádio para ter uma sessão de cinema”.
Por fim, ainda insinuou que a WTorre não tem pagado a taxa de 50% das bilheterias de quando o Palmeiras joga fora do Allianz Parque. “Não acho ético tratar desse assunto. Os problemas são tratados em arbitragem”, completou.
Clube e empresa discutem na Justiça a exploração do estádio.