A organização da Copa do Mundo de futebol de 2014 deverá seguir um roteiro diferente daquele traçado pelos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Essa foi a análise feita pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., em palestra a um grupo de 186 empresários na manhã desta quinta-feira em São Paulo. O ministro foi o convidado para o 11º seminário do Lide, o Grupo de Líderes Empresariais, comandado por João Dória Jr. O tema do debate foi “Esporte e Iniciativa Privada: Juntos Para Vencer”, mas Silva Jr. aproveitou a platéia para discutir também sobre a organização da Copa de 2014. “A Copa do Mundo tem de ser marcada pelo planejamento, o profissionalismo e a transparência. O ano de 2008 tem de ser o ano para se planejar todo o evento. E você precisa para isso o profissionalismo, além da transparência”, afirmou o ministro, para depois explicar melhor a questão da transparência: “Eu sou a favor de que tudo seja o mais transparente possível. Não pode ocorrer mudanças no orçamento ao longo do percurso. Até para não ter tanta crítica da opinião pública sobre o evento”, disse o ministro durante o debate logo após sua explanação. Além de falar sobre a Copa do Mundo, Orlando Silva Jr. discursou sobre a Lei de Incentivo ao Esporte, que já está em vigor. Durante 20 minutos, o ministro tentou argumentar em favor do uso do esporte como meio de promoção à marca. Além disso, fez comparações entre o crescimento da indústria cinematográfica a partir das Leis Rouanet e do Audio Visual. O político, porém, não apresentou dados concretos de expansão das empresas a partir do momento em que investem no esporte. Ele apenas lembrou do rejuvenescimento da marca do Banco do Brasil depois de ter começado a patrocinar o vôlei, mas não chegou a apresentar números que comprovassem a afirmação.