O Fluminense está próximo de concluir um projeto para ser o primeiro clube brasileiro a ter uma filial no futebol europeu. A proposta para compra de 77% das ações do STK Samorin, time da segunda divisão da Eslováquia, deve ser enviada até final de julho ao Conselho Deliberativo do time.
Desde o ano passado o Fluminense é parceiro do Samorin. Além de ceder jogadores do time de base, o clube leva treinadores de Xerém para estudar na Europa e ajudar a capacitar o elenco.
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Os primeiros frutos foram colhidos ao fim desta temporada, com o acesso do clube à segunda divisão do futebol eslovaco. Agora, a meta é fazer o time ascender à série principal para, então, sonhar com uma vaga na Liga dos Campeões.
“Essa foi uma forma que encontramos para poder estudar a metodologia de ensino europeia e, quem sabe, ter algum dia a marca do Fluminense num torneio de renome como a Liga dos Campeões”, disse Peter Siemsen, presidente do clube, na reunião do grupo de trabalho para internacionalização do futebol da CBF.
A compra da maioria das ações do clube precisa ser aprovada pelo conselho do Fluminense. A ideia de Siemsen é mostrar que, além de internacionalizar a marca do clube, o projeto permite que os profissionais da área técnica e os jogadores se capacitem para poder elevar o nível do time principal do Fluminense no Brasil.
“Tínhamos parcerias na Europa, mas sem controle sobre os jogadores, se atuavam ou não. Agora, vão jogar uma competição lá, aprender línguas. Nossos treinadores também vão se graduar na Europa”, afirmou ao jornal “O Globo” Marcelo Teixeira, coordenador da base e idealizador do projeto.
Se a compra for concretizada, o Fluminense terá de investir € 250 mil na estrutura do clube eslovaco. A verba será levantada da negociação de atletas brasileiros que foram jogar no time este ano.
A ideia é que o time do Samorin mantenha suas cores, mas nos jogos fora de casa utilize o uniforme principal do Fluminense.