A China decididamente quer dar as caras também no futebol, assim como tem invadido a economia mundial. Em movimento recente, investidores chineses compraram times europeus tradicionais, como Inter de Milão e Milan. A última iniciativa foi a oficialização, com aval da Fifa, de um novo torneio de seleções que será realizado anualmente em solo chinês com a participação de países convidados.
A federação que comanda o futebol mundial mudará o calendário de seleções para encaixar a Copa da China na temporada. A primeira edição será em janeiro, sempre com a participação do país anfitrião. A competição será organizada pelo Grupo Wanda, dono de 20% das ações do Atlético de Madrid e um dos patrocinadores globais da Fifa.
O torneio, cuja edição inicial será disputada na cidade de Nanning, contará com mais três seleções convidadas. A iniciativa conta também com o apoio da Confederação Asiática e da Associação Chinesa de Futebol.
A ideia dos organizadores é aumentar o número de participantes até chegar a oito em 2018. Com isso, seriam incluídas também seleções da Europa e América.
O Grupo Wanda, empresa do magnata Wang Jianlin, firmou em março um contrato com a Fifa para patrocinar quatro edições da Copas do Mundo.
Não é o único investimento relevante de uma empresa chinesa na federação que comanda o futebol. No final de 2015, o Grupo Alibaba, empresa de e-commerce, anunciou patrocínio para a Copa do Mundo de clubes da Fifa. A companhia chinesa substituiu a japonesa Toyota, que por décadas apoiou o evento.
Nos últimos anos, as empresas locais, com o apoio do Estado, têm dado suporte para o crescimento da Superliga chinesa. O torneio se tornou um dos principais compradores de jogadores do Brasil. Em junho, o atacante Hulk tornou-se a transação mais cara da história do futebol chinês. O brasileiro se transferiu do Zenit, da Rússia, para o Shangai por € 55 milhões (R$ 201 milhões).