As confederações, torneios e atletas patrocinados pelos Correios devem ficar preocupados após os Jogos Olímpicos. O presidente da empresa estatal, Guilherme Campos, afirmou em entrevista ao jornal “O Globo” que a empresa deverá fazer mais cortes nos investimentos esportivos.
Segundo o executivo, as despesas com patrocínios estavam em R$ 300 milhões no último ano e, em 2016, foram reduzidas a R$ 180 milhões. Agora, a meta é chegar a metade desse número para o próximo ano.
Guilherme Campos inclusive adiantou quem será uma das primeiras vítimas da nova política: o Rio Open. Os Correios mantêm aportes no tênis, o que inclui a confederação brasileira. Mas haverá cortes. “Chegou aqui a renovação do Aberto de Tênis no Rio no ano que vem. Estamos fora”, resumiu o presidente da empresa.
No início deste ano, as confederações que os Correios patrocinam já haviam sido avisadas que teriam corte de 10% no valor repassado. Na época, a empresa afirmou que os cortes no esporte abrangeriam ações de endomarketing, ações sociais e ativações, sem alterar o investimento no alto rendimento.
Com a saída do Rio Open, fica claro que a estratégia será mais radical após os Jogos Olímpicos. O próprio evento, por sinal, conta com o aporte da empresa, na segunda categoria mais importante, atrás apenas das empresas parceiras do COI.
O problema dos Correios é uma grave crise financeira. No ano passado, a estatal teve prejuízo de R$ 2,1 bilhões. Nos cinco primeiros meses deste ano, o rombo já foi de R$ 900 milhões. Neste segundo semestre, a empresa conta com a possibilidade de não conseguir pagar os quase 120 mil funcionários da companhia.