Para que o refeitório da Vila Olímpica fosse ecologicamente sustentável, a Sapore, empresa brasileira responsável pela gestão do local, estudou diversas alternativas. Acabou adotando pratos biodegradáveis feitos com bagaço de cana e milho.
“A consistência lembra um plástico. Os pratos são todos descartáveis. Gastamos 150 mil pratos por dia. Não teria como montar uma operação para lavar tudo isso”, conta Marcelo Traldi, diretor de operações da Sapore.
A empresa calcula que cada refeição gaste três pratos, sendo um para a salada, outro para os pratos quentes e mais um para a sobremesa. “Os orientais também usam muito as bowls [tigelas] para comer”, lembra Traldi.
A limpeza da cozinha e dos restaurantes foi desenvolvida por uma empresa inglesa. Os espaços não possuem ralos para que a faxina faça o mínimo uso de água possível.
Como forma de promover a inclusão de minorias, a empresa focou na contratação de minorias sociais que enfrentam problemas na hora de conseguir um emprego. Assim, contratou cadeirantes, pessoas com nanismo, deficientes visuais e com síndrome de Down.
A Sapore também fez parceria com a Gastromotiva, uma ONG conhecida por capacitar populações de baixa renda para o trabalho na área gastronomia. No total, 86 pessoas foram contratadas após um processo de quatro meses de formação.