“Agora, o Tocha vai para Ilhabela e, depois, já toma o rumo ao Rio de Janeiro”. A frase foi dita pelo diretor de comunicação do Comitê Olímpico do Rio 2016 em entrevista para a imprensa em São Paulo, “cidade mais importante do país”, onde a Chama passou o domingo. Com todos os eventos que cercaram o fim de semana, a sensação de reta final nessas duas semanas pareceu generalizado na organização.
Além da passagem da tocha por São Paulo, que a colocará diretamente na ligação para o Rio de Janeiro, o fim de semana foi marcado pela entrega da Vila Olímpica aos atletas, o que simbolicamente também representa a proximidade das disputas.
O que falta agora? “Dar uma acabada na Vila, fechar alguns apartamentos, aqueles ajustes de última hora. E algumas coisas operacionais, como fazer a tocha chegar ao Rio e fazer os treinamentos de voluntários”, resumiu Andrada, à Máquina do Esporte.
E foi justamente a Vila Olímpica que causou uma nova crise no Rio 2016. Algumas delegações reclamaram das más condições do local, e houve até denúncia de um furto dentro dos apartamentos.
A mais grave situação foi com o Comitê da Austrália, que se recusou a se hospedar nos apartamentos do Jogos. Segundo os dirigentes do país, os locais estão com vazamentos e com banheiros e chuveiros bloqueados, além de inundações. A Vila Olímpica foi chamada de “inabitável”.
Os problemas no Rio acabaram ofuscando parte da festa em São Paulo. Na Avenida Paulista, houve protestos políticos e contra a Nissan, patrocinadora do revezamento, pelas condições de trabalho impostas pela empresa nos Estados Unidos.
Mas, de forma geral, a chama animou o público a presença de atletas, celebridades, shows e até a Esquadrilha da Fumaça. Teve até ex-ginasta Laís Souza em pé graças a uma cadeira de rodas especial, o que emocionou o público.