A monstruosidade de informações a que temos acesso nos Jogos Olímpicos do Rio marca o início da mudança que já vem pulverizando o consumo de mídia pelo mundo e que vai crescer ainda mais nos próximos anos.
Neste fim de semana fiquei ausente do Rio de Janeiro para curitr o Dia dos Pais em família, mas foi impossível não acompanhar os Jogos. No meio das atividades na escola dos filhos, o celular alertava qual competição teria início. Na tela, poderia escolher em qual canal do Sportv veria qual esporte, ou se preferiria a narração mais didática da Globo em TV aberta. Isso sem falar nos placares em tempo real dos sites e aplicativos não-oficiais.
Há uma década, os donos de megaeventos faziam uma enorme campanha contra as redes sociais. Tanto o COI quanto a Fifa amaldiçoavam aquilo que viam como violação de direitos. A reprise do gol, ou do recorde de Usain Bolt, via YouTube, era o que mais tirava o sono dos gestores. Hoje, COI e Fifa fazem parceria com o YouTube e contabilizam o alcance nas redes sociais para mostrar a dimensão de seus eventos. Em cinco anos, não é difícil imaginar, algum desses canais fará a transmissão exclusiva em plataformas móveis, aumentando a arrecadação em mídia e pulverizando ainda mais o alcance em tempo real do evento.
O Rio, com os pushs de aplicativos em nossos celulares, marca o começo da mudança. Muito em breve, até o consumo do esporte será individualizado nas telas de nossos telefones.