O CPI (Comitê Paraolímpico Internacional) anunciou que também terá um time de refugiados competindo na Paralimpíada do Rio, que começa no próximo dia 7 de setembro.A iniciativa é semelhante à do COI (Comitê Olímpico Internacional) que estreou na Olimpíada carioca sua equipe de refugiados, sob patrocínio da Visa.
O time de refugiados não conta com patrocínio próprio, mas apoio da Agência da ONU para Refugiados (UNHCR), além de apoio dos patrocinadores do comitê paraolímpico.
A princípio, o time de refugiados paraolímpicos terá apenas dois atletas, o nadador sírio Ibrahim Al-Hussein e o lançador iraniano Shahrad Nasajpour. Ambos vão competir sob a bandeira do CPI.
Al-Hussein teve parte da perna direita amputada após uma explosão durante a guerra civil da Síria. Ele vive atualmente em Atenas, na Grécia, e disputará os 50 m e 100 m livres na classe S10. O sírio participou do revezamento da tocha olímpica do Rio 2016 em um campo de refugiados em Eleonas, na Grécia.
“Sonho com esse momento por 22 anos. Pensei que meu sonho tinha acabado quando perdi a perna, mas agora ele voltou de verdade. Mal posso acreditar que vou ao Rio”, comentou o nadador, que também pratica basquete e judô.
Nascido no Irã, Nasajpour vive hoje nos Estados Unidos. O atleta tem paralisia cerebral e disputará a prova de lançamento do disco na classe F37.
Na Paralimpíada do Rio 2016, a dupla terá uma equipe formada por chefe de missão, gerente e técnico. A delegação de atletas paralímpicos independentes será a primeira a entrar no Maracanã no desfile de abertura dos Jogos.
“Esses atletas vão ajudar a ampliar o conhecimento sobre a situação que milhares de refugiados e expatriados passam, obrigados a tomar decisões difíceis, mesmo com suas deficiências. Eles vão valorizar a causa de inclusão social e contribuir com a disseminação dos valores paralímpicos de coragem, determinação, inspiração e igualdade por todo o mundo”, afirmou Tony Sainsbury, chefe de missão da equipe no Rio 2016.