O volante Arouca, do Palmeiras, teve sua suspensão preventiva por doping revogada pelo presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) do futebol, Ronaldo Botelho Piacente.
Segundo o despacho, ao qual a Máquina do Esporte teve acesso, Piacente afirma: “Informo que, através de despacho, foi deferido o pedido de reconsideração requerida, para revogar a suspensão preventiva aplicada ao atleta marcos Arouca, ficando o atleta liberado para praticar suas atividades profissionais”.
Arouca poderá integrar o elenco palmeirense na partida contra o Flamengo, nesta quarta-feira (dia 14), em jogo que vale a liderança do Brasileirão.
O volante havia sido punido após seu exame antidoping do jogo contra o Internacional, pela 15ª rodada do Brasileirão, detectar a presença da substância Hidrorytriamcinolone Acetonide. Em 1º de setembro, o jogador tinha sido suspenso preventivamente por 30 dias.
O clube, porém, alegou que a droga havia sido aplicada através de injeção na articulação do joelho esquerdo, como forma de tratamento de lesão, o que é permitido.
Segundo a defesa do atleta, obtida pela reportagem com fonte ligada ao Palmeiras, o procedimento está “dentro, portanto, da conduta médica apropriada ao caso e permitida pela Lista de Substâncias Proibidas da Wada [Agência Mundial Antidoping], Edição de 2016, sem, portanto, qualquer nexo de culpabilidade tanto do atleta, quanto do departamento médico do Clube”.
O documento também lembra que o procedimento seguido pelos médicos do Palmeiras com Arouca foi o mesmo utilizado pela CBF no tratamento da lesão no cotovelo direito de Fernando Prass.
Durante o período em que o goleiro esteve na seleção brasileira, na preparação para os Jogos Olímpicos do Rio 2016, os médicos fizeram tratamento semelhante, “inclusive a substância ministrada foi exatamente a mesma”, afirma o documento.
A defesa, assinada pelo advogado Thomaz Mattos de Paiva, também lembrou que a própria ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) afirma, em seu site, que “pode-se também fazer a administração de glicocorticoides por via intra-articular, sem a necessidade de pedir uma AUT [autorização de uso terapêutico]”.
A AUT é pedida sempre que o atleta sofre de algum problema médico que necessite o uso de substância proibida pela Wada, o que não foi o caso de Arouca.
Na terça-feira, o Palmeiras havia conseguido efeito suspensivo para outro jogador, o atacante Alecsandro, de suspensão por doping. O atleta tivera exame positivo para O-Dephenylandarine, em clássico contra o Corinthians, em abril. A defesa do atleta alegou que a substância está presente em xampus e loções utilizadas para o tratamento da calvície. O centroavante ainda será julgado.