A grande notícia que circulou após o empate entre Palmeiras e Flamengo, na última quarta-feira, foi o Boletim de Ocorrência que foi registrado contra o presidente do clube paulista, Paulo Nobre, por ter mandado retirar um torcedor de um camarote do Allianz Parque depois de celebração do gol.
Logicamente, o torcedor era do Flamengo, ao que consta da diretoria do banco Itaú. Paulo Nobre simplesmente não suportou o fato de tê-lo visto comemorando o gol do time rival, que colocaria o Palmeiras no segundo lugar da tabela de classificação.
O entrevero vem de um dirigente que já declarou, publicamente, que é a favor de jogos com torcida única nos estádios. Sob o argumento da segurança dos torcedores, Nobre defendia no ano passado a medida que vale hoje para clássicos em São Paulo.
Depois do caso de quarta-feira, dá a impressão que o motivo é outro. Assim como boa parte dos dirigentes esportivos brasileiros, Nobre não aceita uma opinião contrária à dele.
O BO que foi registrado pela WTorre contra o dirigente é fruto também dessa característica. Uma briga sem fim com a construtora faz com que ainda esteja na Justiça a decisão sobre quem tem direito a explorar comercialmente 10 mil assentos do estádio.
Paulo Nobre conseguiu reordenar um pavoroso Palmeiras, que hoje voltou a ser protagonista no Brasil. Mas isso não lhe dá o direito de ser dono do clube. Sejamos mais nobres, Paulo.
O futebol precisa ser para todos.