Carlos Arthur Nuzman foi eleito nesta terça-feira (dia 4) para seu sexto mandato à frente do COB (Comitê Olímpico do Brasil). O dirigente, que terá como vice Paulo Wanderley Teixeira, presidente da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), assume novo mandato a partir do dia 1º de janeiro. Se completar esse novo período, terá ficado 25 anos no poder.
Dos 34 dirigentes aptos a votar, 29 foram à eleição. Desses, 24 votaram a favor da chapa Nuzman/Wanderley e três se abstiveram. Um votou contra e houve um voto em branco.
“Colocarei toda a experiência que adquiri, como presidente da CBJ, a serviço de todas as confederações e do desenvolvimento dos esportes olímpicos no Brasil”, afirmou Wanderley, apontado como sucessor de Nuzman, que completou, em 2016, 74 anos.
A eleição não contou com oposição. O presidente da CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa), Alaor Azevedo, ensaiou a formação de uma chapa, mas teve seu desejo barrado pela Justiça. Pelo estatuto do COB, a inscrição das chapas teria que ser feita oito meses antes da eleição, com a assinatura de ao menos dez presidentes de confederações.
Após a eleição, Nuzman anunciou Agberto Guimarães como novo diretor executivo de esportes do COB, cargo que era ocupado por Marcus Vinícius Freire. O dirigente deixou a entidade logo após fracassar na meta de colocar o Brasil no top 10 do quadro geral de medalhas da Olimpíada.
Tiveram direito a voto os 30 presidentes de confederações nacionais, três membros permanentes do COB (André Gustavo Richer, Bernard Rajzman e o próprio Nuzman)j e o presidente da Comissão de Atletas (o ex-jogador de vôlei de praia Emanuel).
Vicente Blumenschein, presidente da Confederação Brasileira de Tiro com Arco, não conseguiu votar devido a atraso em seu voo. Por não contar com representatividade legal, as confederações de Desportos no Gelo, Desportos na Neve e Taekwondo também ficaram de fora do pleito.