Um dia após a morte de Carlos Alberto Torres, a equipe do Sportv, emissora em que o ex-jogador era comentarista, questionou a relação dos torcedores brasileiros com a seleção, em um dos programas do canal.
Para os jornalistas da emissora, brasileiros não têm a mesma identidade com a seleção que possuem argentinos e uruguaios porque, em suma, há uma geração que não sabe da importância do time para o país. E o pouco conhecimento sobre Carlos Alberto exemplo disso.
A discussão é válida porque, ainda que a seleção atraia público e audiência, é fácil a suposição de que a identidade com o time seja tímida. O motivo desse distanciamento é mais complicado de se esclarecer. O movimento parece muito anterior à vergonhosa atuação da Copa de 2014.
O fato é que existe um culpado nesse desgaste. Em décadas, a CBF nunca se mostrou preocupada com a imagem institucional da seleção. O time é uma marca e, como qualquer marca, precisa contar uma boa história.
Parece razoável pensar que, para o desenvolvimento do nosso futebol, esse resgate seja um passo interessante. O problema é a falta de interesse. E não é por menos: mesmo durante crises, o time nacional nunca deixou de ser um produto atraente ao mercado, com vultosos patrocínios.
Como sempre, fica a dúvida: se a seleção brasileira conseguisse voltar a ser de fato o orgulho dessa nação, independente de vitórias ou derrotas, qual seria o seu potencial no mercado?