Não há dúvida de que, com a Caixa, a maioria dos clubes da Série A do Brasileirão poderá respirar aliviado em 2017. Conseguir novos acordos, com contratos robustos, é uma tarefa árdua em qualquer área do mercado de patrocínio. Mas não são só as equipes que devem ver com bons olhos essa ampliação da estatal no esporte.
Quando a Caixa entrou no futebol, em 2012, existia a crença de um investimento puramente político, especialmente para o Rio 2016. Seria um posicionamento frente a concorrentes privados que estavam no esporte.
Quatro anos e alguns presidentes depois, fica mais clara a seriedade da entrada da empresa no futebol. Os megaeventos ficaram para trás, mas a associação de valores e a alta exposição não deixaram de fazer sentido à companhia. Hoje, a Caixa é a marca do futebol. E, claramente, isso tem sido efetivo para a empresa.
Há também, é verdade, a corrente que entende que a presença da Caixa não permite a entrada de outras marcas, que talvez tivessem um orçamento mais apertado, mas um plano de ativação que pudesse fazer com que a área amadurecesse mais naturalmente.
Mas o fato é que uma gigante de um segmento pode se impor dessa maneira. Caso não fosse uma estatal, ninguém questionaria isso.
Quando resolver sair do futebol, a Caixa terá feito o mesmo que o Bando do Brasil fez com o vôlei e o Bradesco com os Jogos Olímpicos; terá provado que o investimento vale a pena.