O “Programa Futebol Mulher”, criado pela agência de marketing esportivo J.Cocco, tem início marcado para março de 2008 mas, ao contrário do previsto inicialmente, o primeiro ano será realizado apenas no estado de São Paulo, com 32 equipes. O projeto anterior contava com 72 representantes de 16 estados. “Será uma evolução gradual. O primeiro ano vamos estar só em São Paulo para, em 2009, atingir também o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Carina e o Rio Grande do Sul. Depois, em 2010, o torneio passaria a ser nacional”, afirmou José Estevão Cocco, diretor-presidente da J.Cocco. O executivo contou que as equipes, representantes das cidades, estarão divididas em oito grupos com quatro cada uma, que serão separadas por proximidade, para incentivar a rivalidade entre as localidades e atrair o público. Um dos pontos essenciais do projeto é a venda das cotas de patrocínio. Ao todo serão cinco, sendo uma para dar o nome ao torneio e mais quatro, que estamparão as marcas nas camisas das equipes de cada cidade. Um acordo de fornecimento de material esportivo exclusivo também é o foco. Todos os acordos terão validade de um ano. “Além do naming rights, o patrocinador estará também nas mangas de todas as equipes. As outras quatro cotas vão patrocinar oito equipes cada, sendo uma de cada grupo, garantindo uma maior visibilidade”, explicou o executivo. A competição deve durar até novembro e será disputada em turno e returno. Depois de se enfrentarem nos grupos, as equipes jogarão contra as representantes de outras cidades próximas, até a definição das finalistas. Segundo Cocco, as negociações com a televisão devem ser concluídas até o início do ano. Ele conta que a prioridade é contar com o apoio de emissoras abertas, sendo que Record, Bandeirantes e Gazeta manifestaram interesse. No entanto, as partidas também devem passar nos canais por assinatura. “O acerto com a televisão é um ponto fundamental para fecharmos com os patrocinadores. Primeiro precisamos mostrar a visibilidade que eles terão, para depois conseguir captar as empresas. Mas é um processo que não temos muita pressa”, contou o executivo. Apesar do projeto total prever 72 equipes de 16 estados, Cocco revela que, mesmo antes do lançamento oficial, a agência pré-cadastrou 132 cidades interessadas em ter um representante na competição. “Estamos seguindo um modelo como o da NBA. As secretarias de esporte dos municípios seriam as franquias. Assim, pretendemos atrair o público e investidores para incentivar a modalidade no país”, concluiu.