A seleção brasileira voltou ao Mineirão mais de dois anos depois do vexame contra a Alemanha na Copa do Mundo. E a relação entre torcedores e o time parece ter mudado. Parte, claro, pelo bom futebol apresentado pela equipe sob o comando do técnico Tite, com direito a “olé” contra a Argentina. A outra parte fica por conta de alguns cuidados da CBF.
A ação mais notável foi o mosaico criado nas arquibancadas do Mineirão na entrada do time nacional. Com as letras de “Brasil” e as cinco estrelas da seleção, a equipe teve recepção mais calorosa do que o normal. Segundo a CBF, a ideia partiu de torcedores, que mandaram a sugestão pelas redes sociais da entidade. E o marketing da confederação abraçou o plano.
“Acreditamos que é uma ação para o torcedor se sentir, cada vez mais, uma parte fundamental do jogo”, resumiu o diretor de marketing da CBF, Gilberto Ratto, em nota no site oficial da entidade.
O mosaico não foi a única ação lançada. Uma nova mascote, um canarinho, foi exibida pela entidade nesta semana, em treino realizado pelo time no Independência. No Mineirão, ele voltou a estar presente para animar o público.
Por fim, a confederação realizou algumas homenagens a Carlos Alberto Torres. O capitão do tricampeonato de 1970 foi lembrado com uma faixa preta de capitão em cada jogador. Daniel Alves, lateral direito como o ex-jogador, atuou com a camisa número 4, consagrada pelo ídolo falecido na última semana.
Único fato negativo foi a presença de cadeiras vazias. Os tíquetes chegaram a custar R$ 800, e havia 3,5 mil ingressos disponíveis antes da partida começar. Apesar de cheio, o Mineirão não lotou para assistir ao clássico sul-americano.