Cinco anos após perder o apoio de grandes empresas, a equipe de basquete do Bauru apresentou, na última segunda-feira, o retorno à modalidade com patrocinadores como o Grupo de Soluções em Alimentação (GRSA), Neslté (com a marca Neston) e a Intermédicas. “São nossos patrocinadores principais, mas teremos também o apoio de diversas empresas da região. Pode ser por meio de permuta, como no caso de um escritório de advocacia, ou com cotas pequenas, entre R$ 1 mil e R$ 2,5 mil para placas do ginásio. Serão as “Amigas do Basquete”, que no futuro podem render até R$ 20 mil ao mês”, afirma Guerrinha, que coordenou o projeto de formação da equipe e agora será treinador. O Bauru/GRSA terá orçamento inicial previsto de R$ 70 mil, sendo que, de acordo com Guerrinha, servirá para montar uma equipe competitiva, mesmo sem contar com os principais nomes do esporte que atuam no Brasil. O projeto prevê ainda a ampliação das receitas nas próximas temporadas. “Levantar uma quantia como a que conseguimos, só com uma equipe no papel, sem participar de competições e ter visibilidade, foi uma tarefa difícil. Agora, à medida que disputarmos os campeonatos, nossa expectativa é captar mais recursos para montarmos um grupo mais forte”, explica Guerrinha. Para o treinador, um dos caminhos que podem levar o Bauru ao sucesso é apostar no apoio de empresários e da sociedade local. Segundo ele, essa é uma forma de estar mais próximo da população e atrair torcedores para o ginásio. “Nosso plano de marketing foi desenvolvido em apenas quatro meses. Agora, vamos continuar com ele. Entre os próximos passos está a criação de um projeto de sócio-torcedor”, conta o ex-jogador da seleção brasileira. Sobre o racha que existe atualmente no basquete brasileiro, com os clubes paulistas liderando o movimento da criação da Associação dos Clubes Brasileiros de Basquetebol (ACBB), Guerrinha defende o grupo, mas não confirma ainda a adesão ao campeonato próprio da entidade. “Nosso planejamento prevê disputar o torneio Novo Milênio e o Campeonato Paulista em 2008. Caso o campeonato saia do papel, tenha principalmente transmissão pela televisão, vamos participar sim”, diz.