O fim dos Jogos Olímpicos Rio 2016 levou o Comitê Olímpico do Brasil a uma dura realidade: a entidade é muito pouco atrativa ao mercado neste exato momento. E, dentro desse cenário, a vazão de patrocínios privados é um movimento natural.
Agora, o Comitê precisa se reorganizar. O primeiro movimento é entender que os valores financeiros que circulam a entidade desde 2009, quando o Rio de Janeiro foi eleito pelo COI para sediar os Jogos Olímpicos, não são mais uma realidade. Nos últimos anos, era fácil para o COB: diversas marcas buscavam estar envolvidas no universo esportivo, especialmente em uma organização diretamente relacionada com o Rio 2016.
No período de pós-jogos, o COB terá que apresentar ao mercado não só vínculos com o público geral, algo ainda limitado no Brasil mesmo após os Jogos Olímpicos, mas também oportunidades para parceiros que queiram usar o universo esportivo como plataforma de experiências e de relacionamento para as grandes marcas.
Há, neste momento, uma grande vantagem: o COB de hoje não é o mesmo do início do século. Hoje, o Time Brasil é uma marca em processo de consolidação, que se tornou conhecida. Há uma mascote. Há uma página de Facebook com mais de 2 milhões de seguidores. Já não há a ideia de que o Comitê é um órgão burocrático do esporte, mas sim a organização que une o esporte brasileiro. Um começo, mas que precisa ser lapidado.