Após o imbróglio no Atletiba no último domingo, que acabou não ocorrendo, a Federação Paranaense de Futebol notificou Atlético-PR e Coritiba para se enfrentarem na quarta-feira de cinzas (1º de março). Os times receberam ontem o ofício e já disseram que não irão jogar.
A partida original não ocorreu por divergência entre federação e clubes. Sem contrato com a Globo no Paranaense, Atlético-PR e Coritiba decidiram transmitir o clássico pelo YouTube e Facebook. A federação, porém, não permitiu a presença da produtora contratada, alegando que os profissionais não haviam sido inscritos com 48 horas de antecedência, como é norma no torneio. Os times, então, decidiram não jogar.
Sem o duelo, Coritiba e Atlético-PR dividiram as despesas da transmissão. Segundo a Máquina do Esporte apurou, o montante foi de cerca de R$ 30 mil. Apesar disso, nenhum patrocinador que comprou placas na Arena da Baixada tem motivos para reclamar. A transmissão atingiu pico de 150 mil views. Apenas somando as páginas do YouTube de ambas as equipes, houve 485 mil visualizações até o final da tarde de segunda-feira.
Contrários à nova data, Atlético-PR e Coritiba sinalizaram que já haviam feito programação e dado folga aos elencos durante o Carnaval. Os clubes querem conjuntamente decidir o novo dia.
Em comunicado em seu site, a federação afirmou que “lamenta profundamente o cancelamento da partida” e “que acionará os órgãos competentes para punição dos responsáveis”.
Dona dos direitos do Paranaense, a Globo soltou nota oficial negando participação no acontecimento. A emissora afirma que “em nenhuma hipótese, teve qualquer ligação com o episódio e espera que dirigentes de clubes e federações se entendam para que o torcedor, razão maior do espetáculo, não seja punido pela falta de organização e de bom senso”.
Os clubes estudam agora como ressarcir os torcedores que pagaram ingresso. Também mantiveram a intenção de exibir o jogo pelas redes sociais.