Não me julgue, caro leitor, por ainda abordar o Atletiba. É algo que parece distante, após alguns jogos de uma nova rodada já terem sido encerrados. Gostaria de falar sobre um aspecto menos explorado: as possibilidades de mercado.
Desde o ano passado, federações, clubes e até patrocinadores têm usado as redes sociais para propagar conteúdos esportivos que não têm espaço mesmo com os 11 canais de esporte que temos à disposição hoje na TV fechada.
Assim, a Federação Paulista de Futebol exibiu jogos do Paulista feminino. O São Paulo transmite partidas de torneios de base. A Red Bull disponibiliza o Mundial de rali em suas redes sociais.
Qual é a vantagem disso? Visibilidade. Desde que os conteúdos atinjam relevância. Como bem observou o colega Guilherme Guimarães, da Ativa Esporte, em debate realizado nesta terça-feira na Business School São Paulo: se o evento conquistar audiência, irá despertar interesse das TVs. No entanto, caso agrade o público para o qual pretende falar e nenhum canal se interessar, azar dos exibidores tradicionais.
Com a facilidade de ferramentas disponíveis nas redes sociais, o esporte deixou de ser só produtor e virou também transmissor de conteúdo. É o fim do intermediário na exibição de competições? Não creio. Mas é uma propriedade importante, ainda pouco explorada, que traz engajamento com os torcedores e, por conta disso, oferece ótimas oportunidades de negócios.
Por que nenhum clube ainda colocou seus craques para conversar diretamente com os torcedores em um Facebook Live? São-paulinos com Rogério Ceni. Palmeirenses com Borja. Corintianos com Jadson. Santistas com Renato.
Quantas empresas não se interessariam em vincular sua imagem a essas ações? Vais encontrar o mundo à porta das redes sociais. Coragem para a luta!