O esporte é, por essência, um trabalho coletivo. Mesmo nas modalidades individuais, o atleta precisa de seu staff para obter melhor desempenho. O trabalho conjunto realizado pelas três sedes asiáticas das próximas Olimpíadas é a aplicação desse conceito também para a área da gestão esportiva.
A partir do momento em que sul-coreanos, japoneses e chineses dão as mãos para colaborarem na construção de sedes olímpicas, dão um exemplo de que o esporte precisa mergulhar no conceito da economia colaborativa.
O trabalho em equipe aplicado na área de performance esportiva precisa, urgentemente, ir para a gestão. É a única forma de reduzir custos e dar aos megaeventos um status menos mega e mais eficiente para o país-sede.
Desde a dobradinha Pequim-2008 e Sochi-2014 que o COI precisa mudar a maneira como encara os megaeventos. O mundo já mudou. A era, agora, é de redução de custos e soluções integradas e inteligentes de negócios.
A partir do momento que os gestores passam a trabalhar dentro desse universo, eles abrem uma porta para um novo caminho dentro do esporte.
Nos EUA, vanguarda do marketing esportivo, já existem marcas de cerveja patrocinando as mesmas propriedades no beisebol. A geração da exclusividade nos direitos, seja de patrocínio ou de transmissão esportiva, parece estar chegando ao fim muito em breve.
As três sedes olímpicas se unirem para trocar experiência e reduzir custos é o primeiro passo para uma mudança de pensamento no esporte. A concorrência deve existir nas arenas, enquanto nos bastidores há a união de princípios para reduzir custos e ser mais eficiente para entregar um melhor produto para o consumidor.
É assim que o capitalismo no mundo está mudando. É assim que o esporte precisa caminhar muito em breve.