O grupo francês Lagardère não irá mais gerir o Maracanã. A empresa desistiu de entrar na disputa pela administração da arena, hoje comandada pela Odebrecht. Segundo a companhia, a decisão ocorreu pela indecisão do Governo do Estado do Rio de Janeiro sobre como proceder com o estádio.
Na carta de desistência da empresa, divulgada pelo site da ESPN, a Lagardère alega que o modo de agir do Estado carrega insegurança jurídica para a administração da arena.
O plano do grupo francês era assumir a administração do estádio no lugar da Odebrecht, sem uma nova licitação. As duas empresas, inclusive, já tinham assinado um memorando de entendimento que detalhava a transferência da gestão. O Estado, por outro lado, não deu garantia de aprovação a esse processo.
O desejo da companhia em assumir o Maracanã é antigo. A empresa participou da licitação em 2013 e ficou em segundo lugar, atrás justamente da Odebrecht. Na época, a empresa brasileira entrou no processo em parceria com o grupo AEG e com a IMX, ainda sob o comando de Eike Batista. A união das marcas ficou com a responsabilidade de gestão do estádio por 35 anos.
Hoje, a divisão LUArenas da Lagardère mantém a administração de duas arenas no Brasil: o Independência, em Belo Horizonte, e o Castelão, em Fortaleza.
A Lagardère não se posicionou oficialmente.