Atletismo paralímpico garante apoio até Tóquio 2020
Enquanto o COB (Comitê Olímpico do Brasil) pena para conseguir um patrocinador, o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) anuncia nesta quinta-feira (dia 7) a renovação de seu segundo contrato.
A Braskem assinou contrato para a equipe brasileira de paratletismo até os Jogos de Tóquio 2020. A relação entre a empresa química do Grupo Odebrecht e o CPB teve início em 2015. O valor do acordo não foi divulgado.
“A Braskem mantém o seu apoio ao esporte paralímpico porque acredita ser uma oportunidade transformadora para paratletas e um exemplo inspirador para a sociedade. Acreditamos na superação do ser humano e esses atletas são um exemplo disto”, afirmou Marcelo Arantes, vice-presidente de pessoas, comunicação, marketing e desenvolvimento sustentável da Braskem.
O executivo conta que, para a empresa, um dos ativos importantes dos esportes paralímpicos é o uso do plástico nas próteses dos atletas, deixando-as mais leves e confortáveis.
“A parceria reforça nossa crença de que a química e o plástico melhoram a vida das pessoas”, comentou o executivo.
O patrocínio irá beneficiar 44 esportistas e 17 guias que integram a seleção brasileira, divididos entre equipes principal e juvenil, nas provas de pista e campo.
“A parceria com a Braskem já nos trouxe grandes resultados nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 e vai ser fundamental nesta campanha rumo a Tóquio 2020. Mostra que a Braskem e o CPB trabalham com planejamento, antecipando as ações para atingir os objetivos, que no ciclo atual se inicia neste Mundial de Londres, em julho”, analisou Mizael Conrado, presidente do CPB.
Veronica Hipólito, destaque do atletismo paralímpico
Em julho, 25 competidores do país disputarão o Mundial, marcado para o estádio Olímpico de Londres, o mesmo no qual os brasileiros conquistaram 18 medalhas (sete douradas) durante a Paralimpíada de 2012. No Rio 2016, a delegação conquistou 33 pódios, sendo oito deles no degrau mais alto.
Além da Braskem, o CPB já renovou acordo com as Loterias Caixa até 2020. Pelos quatro anos, o comitê irá receber R$ 95 milhões. O COB, por sua vez, ainda não conta com nenhum patrocinador. Recentemente, o comitê anunciou acordos com Travel Ace (parceiro para seguro viagem dos atletas) e BRW (fornecedor de equipamentos fitness).
Por ora, o desafio de CPB e COB é encontrar um novo fornecedor de material esportivo. Ambas as entidades não conseguiram renovar com a Nike.
