O Flamengo chegou a 11,3 milhões de seguidores no Facebook e se tornou o clube brasileiro com mais fãs na rede sociais entre as equipes de futebol. O time também alcançou o topo no Instagram e está próximo de conseguir o feito no Twitter e no Youtube.
Liderar as principais redes sociais foi uma meta estabelecida pelo vice-presidente de comunicação do clube, Antonio Tabet, que chegou ao Flamengo em 2016. E ficou nas mãos do diretor de comunicação da equipe, Marcio Mac Culloch, que havia chegado um ano antes, a mudança na gestão de como o clube se expressa nas redes.
“O Flamengo não trabalhava antes as redes sociais a ponto de explorar todo o potencial do clube. Nós mudamos a estratégia da FlaTV e das redes sociais, com bastidores e conteúdo exclusivo. Adotamos também uma linguagem irreverente, mais próxima do que é a linguagem do torcedor”, contou Culloch à Máquina do Esporte.
O melhor exemplo do salto do Flamengo nas redes está no Youtube. Somente neste ano, a FlaTV ganhou 243 mil inscritos. Hoje, são 532 mil fãs na rede de vídeo, apenas 60 mil aquém do líder brasileiro nesse segmento, o Palmeiras.
Para isso, o Flamengo contratou uma equipe de profissionais e equipamentos para gerar mais conteúdo. A FlaTV passou a ser uma ferramenta ativa dentro da comunicação do clube, e os vídeos passaram a abastecer as outras redes sociais da equipe.
O desafio, agora, é rentabilizar com os ganhos com as redes sociais, algo que poucos clubes brasileiros conseguem fazer. O Flamengo busca, por exemplo, um naming right para a FlaTV, assim como conseguiu o Palmeiras com a FAM, que já mantém outras parcerias com o time paulista.
Por outro lado, as redes sociais passam a funcionar como uma significativa plataforma de entrega aos atuais parceiros do clube, algo visto constantemente nas publicações flamenguistas. “Quanto mais nós entregamos aos patrocinadores, melhores são os resultados para eles e maiores são as chances de eles renovarem o acordo com o clube”, explicou Culloch.
Para o executivo, ainda há dificuldades para aportes exclusivos às redes sociais, tanto no Flamengo quanto em outras agremiações do futebol brasileiro. Elas passam desde a ausência de uma equipe de vendas dedicada à questão até o entendimento de que o mercado nacional ainda não está totalmente maduro para um patrocínio desse tipo.