Entidades esportivas e empresas formalizaram nesta terça-feira (dia 27), no Centro Cultural dos Correios, em São Paulo, a assinatura do rating do esporte. A iniciativa irá estimular boas práticas de governança nas confederações.
“Se cada empresa fosse criar uma ferramenta de avaliação, iria sair caro. Com essa iniciativa, padronizamos o processo”, explica Caio Magri, presidente do Instituto Ethos, um dos coordenadores da iniciativa.
“O rating será uma ferramenta capaz de avaliar e estabelecer parâmetros sobre o estágio de desenvolvimento de clubes, confederações e federações, além de ser um instrumento que permite às entidades compreenderem seus desafios e suas oportunidades de melhoria. Dessa forma, pode contribuir e estimular um ambiente mais propício para a melhoria do esporte”, acrescentou.
O trabalho será iniciado com a avaliação de três confederações, de diferentes portes, para servir de base para o trabalho. As entidades serão indicadas por COB (Comitê Olímpico do Brasil) e CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), signatárias do rating.
A adesão é voluntária, mas é esperado que haja pressão para integrar a plataforma. Por um lado, dos atletas exigindo melhoria na gestão. E, por outro, das empresas, que podem usar o rating para decidir sobre renovação de contratos.
“A ideia não é ranquear, mas classificar. Queremos ensinar as entidades a fazer planejamento, melhorar a governança e a transparência e a olhar o médio prazo”, afirma Fábio Dragone, gerente de marketing esportivo do Bradesco, que renovou contrato com as confederações de judô, rúgbi e vela até 2020.
“As empresas públicas podem usar isso como referencial. Nossas regras de governança são rígidas e temos um acompanhamento forte do TCU”, faz coro Guilherme Campos, presidente dos Correios, apoiador das confederações de desportos aquáticos, handebol, rúgbi e tênis.
A partir do lançamento da plataforma online, em outubro, as confederações terão cinco meses para aderir e passar pelo processo de avaliação, cujo resultado será divulgado em março de 2018.
Até agora, foram gastos cerca de R$ 200 mil no projeto. “Não temos ideia dos custos, que serão bancados pelas empresas mantenedoras e apoiadoras da iniciativa”, afirmou Magri.
Bradesco, Itaú e Sky são as patrocinadoras principais do rating, que também é apoiado por Aché, BRF, Banco do Brasil, Correios, EY, Gol, Mastercard, P&G, Somos Educação e Vivo.