A marca de material de tênis Head tomou uma medida drástica para a polêmica em que o tenista australiano Bernard Tomic, número 59 no ranking da ATP, gerou em entrevista concedida após derrota na primeira rodada de Wimbledon. Além da multa de US$ 15 mil, o tenista perdeu o patrocínio da empresa.
Após a partida contra o alemão Mischa Zverev, Tomic revelou jogar apenas por dinheiro. “Tenho apenas 24 anos, mas já é difícil para mim encontrar motivação. E sei que o tênis merece respeito, e que eu não estou conseguindo demonstrar isso”, afirmou.
O atleta ainda revelou ter interrompido o jogo propositalmente para chamar seu técnico. O que seria um desconforto físico foi usado apenas para atrapalhar um bom momento em quadra de seu adversário.
Na quinta-feira, dois dias após o ocorrido, a Head lançou um comunicado oficial: “Suas opiniões de modo algum refletem nossa própria atitude para o tênis, nossa paixão, profissionalismo e respeito pelo jogo. Portanto, decidimos interromper nossa colaboração com Bernard Tomic”.
O curioso é que a marca teve reação distinta em um caso mais grave e mais midiático. A Head é patrocinadora da russa Maria Sharapova e foi uma das empresas que decidiram manter o patrocínio à atleta após o escândalo de doping.
O comprometimento da Head com Sharapova foi tamanho que, no fim de 2016, a marca chegou a entrar em polêmica nas redes sociais ao celebrar a diminuição em seis meses da pena aplicada à tenista.
O CEO da empresa, Johan Eliasch, chegou a lançar declaração em defesa da tenista. “Ela estava tomando uma medicação prescrita legítima, que as agências antidoping estavam cientes durante 10 ano”, afirmou o executivo.