No último domingo, a Máquina do Esporte organizou a Tricolor Run, corrida de rua do São Paulo. Desde a concepção da prova, em parceria com a agência Brooklyn DC, queríamos mostrar que corrida de rua é um evento de meio ano de duração, e que o dia da prova é apenas parte do processo.
O conceito da prova foi abraçado pela Under Armour, que aceitou o plano de ativação proposto, com ações inéditas, como evento de lançamento da camisa da prova, treino pago num estacionamento do shopping e outras ativações anteriores à data da prova.
Ao todo, fizemos 20 eventos, on e offline, engajando muito mais do que os 3 mil atletas do dia 16 de julho.
Para a marca, entregamos exposição, recall e, principalmente, vendas.
O que mais chamou a atenção, porém, foi a vibração do torcedor são-paulino com o evento. O Tricolor vive, hoje, em campo, uma das piores fases de sua história. O time vai mal no Brasileiro, parece não ter poder de reação e, a cada jogo, maltrata o pobre coração de seu torcedor. E a corrida foi realizada em meio a esse cenário.
O fã, porém, trouxe para a prova muito pouco da insatisfação com o time. A maioria dos atletas correu com a camisa da prova, outra parte vestiu a camisa do time e tiveram ainda aqueles que levaram bandeiras para mostrar o amor ao clube de coração.
Um ou outro fez protesto contra dirigentes ou jogadores, mas a imensa maioria soube separar o momento do time da paixão que tem pelo clube.
A experiência mostrou que o futebol precisa, cada vez mais, afastar o torcedor do campo. Lembrar a ele que a paixão é muito maior do que ocorre nas quatro linhas é um caminho até para poder ajudar dentro de campo.