O ano de 2017 tem marcado uma espécie de descobrimento para o esporte no Brasil. Clubes e entidades parecem, finalmente, começar a ver na transmissão por canais na internet uma solução para a aparente falta de interesse da televisão em seu produto.
O movimento, que começou com o NBB de forma um pouco mais estruturada há dois anos, começa a ganhar corpo e adeptos em outras modalidades. A grande barreira foi quebrada até por Atlético-PR e Coritiba com a ida de seu clássico para o Youtube e Facebook, numa afronta à Globo.
Mas será que o caminho via streaming é a solução para os problemas de falta de promoção e alcance das modalidades esportivas ou apenas um meio de continuar a aparecer, mas ainda para o mesmo público de sempre?
O maior risco que corremos, hoje, é o esporte achar que ter a transmissão via internet viabilizada resolve a falta que existe de exposição na televisão.
É bom ter uma transmissão no Face, o canal do Youtube funcionar bem e a dependência da TV diminuir, mas o que não se pode esquecer é que essa solução atende apenas a quem já é fã daquela modalidade ou daquele time.
O streaming está muito longe de ser uma solução de massificação de um esporte. Ainda mais via redes sociais, que só mostram à pessoa aquilo que ela quer ver. Hoje, temos perdido algo importante que a TV nos dava, mesmo a contragosto. Contato com coisas que não estão em nosso universo.
A transmissão por streaming é boa para o esporte ter alternativa de visibilidade, mas é péssima por manter perto dele só aqueles que já estão.
A busca pela massificação deve ser o desejo de qualquer esporte. E a TV ainda é o melhor caminho para isso.