Ricardo Teixeira teria desviado 8,4 milhões de euros da Confederação Brasileira de Futebol em negócios com Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona e amigo próximo do dirigente.
A informação faz parte da justificativa dada pela juíza espanhola Carmen Lamela para negar o pedido de liberdade feito por Rosell, preso em 25 de maio após investigação que apontou desvio de € 14,97 milhões de recursos que seriam da CBF relativos à venda dos direitos de imagem de 24 amistosos da seleção brasileira à agência International Sports Events (ISE).
De acordo com a juíza, Rosell ficou com € 6,58 milhões desse dinheiro, enquanto Teixeira se apropriou dos € 8,39 mi restantes. Segundo o jornal “El Confidencial”, Teixeira tinha, inclusive, um cartão de crédito conjunto com sua esposa, que era utilizado para movimentar os recursos existentes nessa conta com Rosell.
O detalhamento dos desvios de Teixeira é o novo capítulo deflagrado pela Justiça espanhola na investigação que tinha como alvo Rosell. O dirigente, ganhou projeção na Espanha ao se tornar presidente do Barcelona, em 2010.
As investigações sobre ele levantam suspeita também sobre a atuação de Rosell para captar votos para o Qatar na candidatura à Copa do Mundo de 2022.
Em janeiro, o dirigente espanhol criou uma empresa, sediada em Hong Kong, para atuar no projeto de criação de uma academia de esportes no Qatar. Por ele, receberia € 3,5 milhões de euros ao ano até o fim de 2022.