Desde que Neymar começou a ser ventilado como jogador do Paris Saint-Germain, questiona-se qual seria a consequência para sua imagem e para a sua carreira caso decidisse sair do mais famoso clube da atualidade para atuar em uma liga menos “galáctica” e em um time que nunca venceu a Liga dos Campeões. Mas as consequências devem ser mínimas.
O ponto central é que Neymar não se isolará em um campeonato invisível. Ele será o principal nome do sexto time mais rico da Europa, astro na sexta economia do mundo. O Campeonato Francês tem menos visibilidade, mas seu aspecto técnico pode dar ainda mais destaque ao craque. Foi assim como Ibrahimovic, por exemplo. E, mais importante, ele permanecerá com os holofotes da Liga dos Campeões, com direito a jogo na Globo às quartas-feiras. Caso leve o PSG ao título, como fez com o Barcelona, será alçado a lenda do esporte.
Especificamente em patrocínios, Neymar, claro, tem apelo global, o que não deve ser perdido no PSG. Mas seus parceiros ainda têm um enorme foco no mercado brasileiro. Segundo a Forbes, o jogador já ganhava, em 2013 quando ainda atuava no Santos, US$ 10,5 milhões em aportes. Hoje, esse valor está dobrado, mas o próprio apelo do atleta em território nacional mudou desde então.
Financeiramente, a ponderação está no alcance que ele poderia ter no futuro. Cristiano Ronaldo, por exemplo, ganha US$ 35 milhões com parcerias comerciais. Na condição de melhor do mundo no Barcelona, Neymar poderia chegar a esse número. Mas não há indícios claros de que seria mais fácil para o jogador atingir esse patamar na Espanha, em comparação à França.
Neymar chutou o conservadorismo da elite do futebol. E tem tudo para triunfar com isso.