O Figueirense apresentou, na terça-feira, quem irá tocar o futebol do clube a partir de agora. Foi o primeiro dia da gestão terceirizada do time, que passou a ser gerido por um fundo de investimento. Os nomes dos investidores foram mantidos em sigilo, mas o CEO do time será um nome já conhecido do esporte: Alex Bourgeois.
O executivo já ocupou o cargo de CEO de outro clube brasileiro, em experiência que não marcou um grande capítulo na história da gestão esportiva: Bourgeois foi demitido do São Paulo duas vezes em dois meses, graças à troca na diretoria do clube paulista, entre Carlos Miguel Aidar e Carlos Augusto de Barros e Silva.
Em entrevista realizada na terça-feira, Bourgeois deu um pouco mais de detalhes do acordo com o Figueirense. “Temos investidores de fora, mas, por questões legais, dinheiro que vem de fora, não podemos abrir. São grupos que vêm forte para transformar o Figueirense na potência que esperamos. Queremos colocar o capital que precisa entre R$ 10 e R$ 15 milhões neste ano. Depois tem mais dinheiro para de acordo com as situações”, afirmou.
Outra figura de grande time levado para a gestão do Figueirense é Fred Mourão, antigo gerente de marketing do Flamengo. O executivo era o braço de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, dentro do clube, mas o dirigente se retirou da gestão após desentendimentos com o presidente Eduardo Bandeira de Mello.
O presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger, agora passa a ser responsável apenas pelo social do time catarinense. Ele declarou, na segunda-feira, que todos os departamentos relacionados ao futebol sofreriam alterações, o que inclui, por exemplo, o marketing da equipe.
O contrato fechado com grupo de investimento transforma o departamento de futebol do Figueirense em empresa pelos próximos 20 anos. O acordo cede todos os contratos, jogadores e estrutura pelo período, o que inclui o estádio Orlando Scarpelli e os atletas de base do time.
As condições impostas são, basicamente, esportivas, com cláusulas que obrigam a manutenção do time na Série A em 75% do tempo. Caso o time seja rebaixado à Série C do Campeonato Brasileiro, o acordo poderá ser rompido pela diretoria do Figueirense. Por outro lado, se o grupo quiser romper, terá que entregar o clube na mesma situação financeira da atual.