A credibilidade de uma modalidade esportiva é fundamental para a sua sustentabilidade. Logo, doping é um tabu entre patrocinadores e escândalos de casa de apostas causam tanto frio na espinha entre dirigentes esportivos. E, por isso, a arbitragem por vídeo é um assunto que não tem saído da pauta do futebol.
Não é por acaso. Há vários esportes hoje que usam, com sucesso, a tecnologia. Tênis, vôlei e futebol americano são exemplos de como as imagens já têm feito parte do cotidiano esportivo. No futebol, com suas particularidades, essa ainda é uma realidade distante.
Com exceção da linha do gol, com tecnologia já usada pela Fifa, o futebol tem dificuldades. A primeira questão é a paralisação do jogo; segurar o jogo é um tiro contra o próprio produto. O outro problema é o peso da interpretação das jogadas, algo que mantém as polêmicas em evidência.
O caso com Kaká, na MLS, é emblemático. O jogo foi interrompido aos 44 minutos do segundo tempo. Foram quase três minutos de pausa para o árbitro rever um lance do jogo. A imagem mostrou Kaká em uma brincadeira com um jogador adversário, com direito a um leve tapa. Ele foi expulso do jogo.
A conclusão do caso, o próprio Kaká explicitou em sua conta no Twitter: “Aqueles que amam futebol desejam que o resultado dos jogos sofra menos influência de erros humanos, que são possíveis e aceitáveis, mas ao mesmo tempo, não podemos deixar a falta de bom senso ferir a natureza e a espontaneidade do jogo”.