A Confederação Brasileira de Desportos no Gelo inaugurou na quinta-feira (24) uma nova pista de arrancada para o bobsled, no Núcleo de Alto Rendimento de São Paulo. A menos de seis meses para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, na Coreia do Sul, a modalidade recebe a prioridade da entidade. Com recursos escassos, o plano é ter mais destaque para reunir novos parceiros.
“Não há recursos para todos, então focamos naqueles que têm conseguido atingir melhor desempenho, para que esses possam puxar novos recursos a todos os outros atletas”, explicou o gerente de esporte da CBDG, Tiago Wisnevski, à Máquina do Esporte.
Com modalidades que estão longe do cotidiano do brasileiro, a confederação sofre para conseguir levantar parcerias. Em 2016, a entidade faturou R$ 2,5 milhões, com R$ 2,4 milhões oriundos da Lei Piva. Hoje, há apenas um patrocinador, o parque Snowland de Gramado, Rio Grande do Sul.
A atual gestão, que assumiu o posto em 2013, conseguiu deixar as finanças da CBDG no superávit, mas o principal objetivo é aumentar os recursos para atender as mais diversas modalidades do esporte. Um dos caminhos esco-lhidos para isso é um modelo de arena que a entidade tenta vender no mercado brasileiro.
O projeto consiste em uma estrutura de gelo que consiga receber treinamentos e eventos internacionais de esportes como hóquei, patinação e curling, algo que não há no país no momento. Além do esporte, o local poderia receber shows e apresentações, além de servir como espaço de lazer.
“Queremos mostrar para os parceiros que eles podem ganhar dinheiro com a curiosidade, o interesse que o brasileiro tem pelos jogos de inverno”, comentou Wisnevski.