Ao que tudo indica, o Sportflix subiu no telhado. É curioso notar que a história da “Netflix do Esporte” soava bem fantasiosa desde o início, tanto que já havíamos previsto por aqui que o futuro dela não era tão promissor, mas mesmo assim ela ganhou corpo.
O que impressiona é como o esporte parece ser terreno fértil para ideias mirabolantes que, curiosamente, ganham repercussão na mídia e alcançam o status de soluções milagrosas.
O caso todo do Sportflix coloca por terra outro sentimento que paira por aqui. Os paraquedistas que pousam no esporte não são privilégio brasileiro.
Desde que surgiu o papo sobre o Sportflix, há dois meses, vários veículos falaram sobre o lançamento da plataforma, mas nenhum questionou os representantes da empresa sobre quais os direitos que eles detinham para poder exibir tudo aquilo que prometiam.
Até mesmo a foto de Neymar divulgando o serviço no site do Sportflix é um absurdo do ponto de vista legal.
O ponto é que o esporte, por mais profissionalizado que possa estar, ainda abre espaço para aventureiros. São pessoas que podem até ter boa intenção, mas não possuem conhecimento pleno do que pode ou não ser feito e, pior, não são questionados suficientemente pela mídia, que detém pouquíssimo conhecimento técnico sobre os assuntos relacionados à gestão.
A paixão pelo esporte faz com que muita gente tenha interesse em trabalhar na área, mas boa parte das pessoas que estão de fora pensa que não há limites legais para fazer alguma ação ligada ao esporte. E não só no Brasil.
O Sportflix é mais um exemplo de como ainda se pensa que o esporte é terreno de ninguém. O paraquedismo segue em alta. E não só no Brasil.