A Rugby Football Union (RFU), federação de rúgbi da Inglaterra, decidiu investir 443 milhões de libras (cerca de 495,7 milhões de euros) para transformar o país na “principal nação de rúgbi do mundo”. O Reino Unido tem o status de inventor do esporte, surgido em 1845 nos gramados britânicos. E há ainda outro objetivo ainda mais audacioso: superar o futebol em relação aos números.
O projeto é usar o montante nos próximos cinco anos, sendo que boa parte dele virá de uma economia com os jogos de azar. Se tudo correr da maneira planejada, o valor divulgado representa um aumento de 30% em relação ao plano estratégico de expansão do esporte que foi realizado nos últimos quatro anos.
A ideia inicial da federação é aplicar cerca de 283 milhões de euros, ou seja, mais da metade do total, no desenvolvimento do rúgbi profissional no país. Os 212 milhões de euros restantes serão utilizados em outras áreas relacionadas ao esporte, como infraestrutura, instalações e campos de grama artificial.
O principal desafio, no entanto, é superar o futebol e a milionária Premier League que, hoje, só perde para a NFL, liga de futebol americano dos EUA. Para se ter uma ideia, no início da temporada passada (2016/2017), os 20 clubes da primeira divisão inglesa gastaram, juntos, 1,16 bilhão de libras (cerca de 1,3 bilhão de euros) em contratações. Apenas esses números mostram que vai ser difícil o rúgbi superar o futebol dentro de campo. Já nos bastidores, o sonho continua.
“O objetivo não é tanto ser o maior esporte da Inglaterra, mas o mais forte na maneira como fazemos negócios. No campo, o objetivo é ganhar os títulos do Seis Nações (tradicional torneio realizado pelas maiores potências europeias no esporte – Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda, França e Itália). Não estamos planejando chegar em segundo lugar”, afirmou Stephen Brown, diretor executivo da RFU.
A federação inglesa ainda divulgou que outras metas a curto prazo são o título mundial masculino em 2019, o título mundial feminino em 2021 e a medalha de ouro em ambos os sexos nos Jogos Olímpicos de Tóquio (competição disputada por Inglaterra, Escócia e País de Gales juntos, sob o nome de Grã-Bretanha), em 2020.