Apesar de ter feito a principal contratação do futebol brasileiro nesta temporada, o São Paulo não poderá impulsionar seus ganhos explorando a imagem de Adriano em ações de marketing. A opinião un”nime dos dirigentes do clube paulista é que, nesta área, o atacante servirá apenas para promover o seu Reffis. A principal causa para que o clube não aposte, por exemplo, no lançamento de produtos especiais relacionados ao atacante é o pouco tempo que ele permanecerá no Brasil. O contrato por empréstimo firmado entre São Paulo e Inter de Milão tem duração de apenas seis meses. “Em princípio o São Paulo não tem nada programado para utilizar o Adriano como ferramenta de marketing. Nosso principal objetivo com ele é a sua recuperação, para que ele possa voltar ao futebol europeu valorizado. Isso irá beneficiar o jogador, a Inter de Milão e o São Paulo, por ter resgatado a sua boa fase”, explica Julio Casares, diretor de marketing do São Paulo. A opinião é compartilhada pelo médico e superintendente de futebol do clube, Marco Aurélio Cunha. Segundo ele, mesmo com a passagem de outros nomes pelo Reffis, como Ricardo Oliveira, Amoroso e Zé Roberto, por exemplo, Adriano é até hoje o principal “hóspede” do centro de recuperação do clube, ajudando a projetar a imagem do clube no exterior. “A grande diferença é que o Adriano é um jogador de maior destaque internacional, já consagrado e que defende um grande clube da Europa. Recuperá-lo servirá para reforçar ainda mais a imagem que o São Paulo tem no exterior, de ser um clube de ponta na parte técnica, como também na científica. Futebol é resultado, marketing é resultado”, diz o dirigente. Da mesma forma que o São Paulo não pretende apostar em Adriano como grande ferramenta de marketing, a Reebok, fornecedora de material esportivo do clube, também não tem nenhum plano especial para o jogador. Como o atacante tem um patrocínio com a Nike, a empresa concorrente se vê impossibilitada de explorá-lo individualmente. “Eu imagino que ao se recuperar ele já vire, sozinho, um evento para os negócios. Mas não seria ético da nossa parte pensar em fazer alguma coisa específica. O Adriano tem um grande nome, uma grande carreira, e consegue carregar sozinho as vendas”, afirma Tullio Formicola Filho, diretor de marketing e vendas da Reebok. A análise do executivo é amparada pelos números conseguidos por Adriano. Com apenas três semanas no clube, cerca de mil camisas com seu nome e número foram comercializadas na loja oficial. Seguindo essa tendência, a expectativa é que nesses seis primeiros meses do ano as vendas relacionadas ao atacante se aproximem às do goleiro Rogério Ceni, mesmo sem uma ação exclusiva para o novo camisa 10.