A Lega Serie A, entidade que administra o futebol italiano, decidiu adiar a venda dos direitos de televisão que contemplam as próximas três temporadas (2018/2019, 2019/2020 e 2020/2021). O motivo é que as melhores propostas apresentadas não chegaram nem à metade do valor estipulado pela liga italiana de um bilhão de euros.
De acordo com o site espanhol Palco 23, a decisão de adiar a venda para o início do ano que vem foi tomada em uma assembleia da Lega Serie A. Até lá a intenção é que se decida um novo procedimento que seja diferente da tentativa de leilão realizada em junho deste ano. A liga não quer diminuir os valores, enquanto as possíveis candidatas a comprar permanecem irredutíveis a aumentar suas ofertas.
As melhores propostas recebidas foram da Sky Italia e do grupo britânico Perform. Os valores não foram divulgados oficialmente, mas nenhuma das duas alcançou sequer 500 milhões de euros, metade do valor estipulado como mínimo. Especula-se que a proposta da Sky Italia foi de 490 milhões de euros. Outra empresa de comunicação forte no país, a Mediaset, recusou-se a apresentar qualquer oferta por considerar o valor mínimo alto demais e não concordar com o leilão.
Os dirigentes chegaram a achar que até o final deste ano ainda haveria alguma proposta possível de ser aceita, pois acreditavam em uma operação conjunta envolvendo Mediaset, Vivendi e Telecom Italia. No entanto, o conglomerado não foi formado, e a mídia italiana crê que o fracasso da seleção do país nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 sepultou de vez as chances, já que o futebol italiano foi praticamente “nocauteado”.
Vale lembrar que, nos últimos meses, a Lega Serie A contratou a multinacional Egon Zehnder, terceira maior do mundo no ramo de pesquisa executiva, consultoria e estratégia de talentos. O objetivo é que a empresa seja capaz de contratar um CEO, função que até hoje não existe no futebol italiano e que será criada após a aprovação de novos estatutos que vão profissionalizar o gerenciamento do futebol no país.