Há uma semana, a Máquina do Esporte publicou um balanço do quão importante seria a conquista da Libertadores para o Grêmio para o lado financeiro. As contas do time, em situação frágil, seriam resguardadas com os valores envolvidos. Essa fragilidade não é exclusividade dos gaúchos. Por outro lado, o mesmo não pode ser dito sobre a boa gestão do time nos bastidores e nas quatro linhas.
O Grêmio é o campeão da Libertadores de 2017 porque tem sido, nas temporadas mais recentes, um clube sério e bem planejado. Em campo, conseguiu algo raro no futebol brasileiro: a manutenção de uma base de profissionais, mesmo sem cometer maiores loucuras financeiras, com contratações de jogadores ‘medalhões’ do futebol nacional.
O fato tem sido exaltado pelo presidente do clube, Romildo Bolzan Jr, que afirmou em entrevistas após o jogo que o grupo de jogadores tem sido formado nos últimos quatro anos. É um pensamento distinto do que tem feito Palmeiras e Flamengo, hoje as equipes mais endinheiradas.
Mas o futebol não foi o único mérito do Grêmio. No segmento mais próximo à Máquina do Esporte, o marketing do time mostrou nos últimos anos um desejo constante por inovação, ativação e aproximação com o mercado. Não é por acaso que o time este ano somou novos patrocinadores espalhados na camisa.
De uma rádio com a fornecedora de uniforme a uma experiência pontual de ativações com potenciais patrocinadores, o departamento gremista mostrou uma inquietação incomum no futebol brasileiro, só possível com uma diretoria empenhada no processo de profissionalização da gestão.