No primeiro ano da Liberty Media à frente da Fórmula 1, a principal categoria do automobilismo mundial ganhou 8,8% de torcedores nos circuitos espalhados pelo planeta. Pouco mais de 4 milhões de espectadores foram assistir aos 20 finais de semana de provas do calendário de 2017.
No topo do pódio ficou o Canadá. Durante os três dias do GP em Montreal, 360.000 pessoas passaram pelo circuito, um aumento de 16,7% em relação a 2016. O segundo lugar ficou com o Reino Unido, que perdeu a liderança que tinha por conta de uma queda de 1,6% no número de espectadores, alcançando 344.500 pessoas.
O Top 5 completo ainda conta com México (337.043 espectadores), que também teve uma diminuição no número de torcedores in loco, Austrália (296.600 espectadores) e Bélgica (265.000 espectadores). Além do Reino Unido e do México, também levaram menos fãs aos circuitos o Japão (-5,8%), a Rússia (-5,3%) e os Estados Unidos (-4,6%).
Entre os 20 países, o Brasil ocupa a 16a colocação. No fim de semana da prova, 141.218 espectadores foram assistir aos treinos e à corrida em Interlagos. A última posição ficou com o estreante Azerbaijão, que contou com 71.451 torcedores em seu final de semana.
A Liberty Media comemorou o crescimento, dando enfoque à média de espectadores nos dias de corrida: 76.722 torcedores. O número, segundo a organização, supera os principais torneios de futebol do mundo, como Liga dos Campeões e Premier League.
“Um atendimento de mais de 200 mil fãs por evento significa que, em 20 fins de semana por ano, a população de uma cidade de tamanho médio visita uma pista de corrida para ver um Grande Prêmio de Fórmula 1. Nosso dever é fazer com que cada um desses eventos se torne ainda mais divertido no ano que vem”, afirmou Sean Bratches, diretor comercial e de operações da F1.
Em 2017, com a Liberty Media, a Fórmula 1 passou por uma verdadeira reviravolta estratégica. Buscou rejuvenescer, atrair os millennials e aumentar seu alcance nas mídias digitais.
Uma das principais iniciativas foi investir nos eSports, com a realização da F1 eSports Series, seu primeiro Mundial na modalidade. A competição, desenvolvida em parceria com a Codemasters e a Gfinity, teve a final no fim de semana do GP de Abu Dhabi, coincidindo com o encerramento da temporada.
Além disso, na tentativa de se aproximar do público conectado, a F1 também trouxe um executivo responsável por renovar outra importante marca do esporte, os Jogos Olímpicos. Stuart Roach, ex-gestor do Canal Olímpico, será o novo diretor de conteúdo digital da categoria.
Mas Roach não foi a única contratação de peso. Em maio, a Fórmula 1 já havia trazido Frank Arthofer, ex-executivo da Disney e do Boston Consulting Group, como diretor global de novos negócios digitais. Desde então, sua missão foi buscar novos canais de comunicação com os torcedores, além, é claro, de monetizar essa relação, seja com lançamento de produtos próprios ou licenciados.
Uma dessas parcerias foi a aliança com a ESPN nos EUA. Com o acordo, os fãs poderão assistir às 21 provas da temporada 2018 por streaming. Além disso, terão mais de 125 horas de programação, incluindo treinos livres e classificatórios e conteúdos especiais. Vale lembra que a F1 chegou a negociar com a Netflix antes de acertar com o canal da Disney.