Bernie Ecclestone comandou a Fórmula 1 até o início de 2017. Após vender a competição para a Liberty Media, foi demitido do negócio e se tornou um crítico da agência americana. Precisou de apenas um ano para mostrar que o antigo mandatário estava um pouco equivocado.
O antigo CEO da Fórmula 1 chegou a menosprezar o uso de redes sociais publicamente nos últimos anos. Para ele, o público da competição não precisava das novas ferramentas de comunicação. Recentemente, em entrevista para a “Folha de S.Paulo”, indicou que a Liberty Media estaria popularizando um produto premium.
Ecclestone insistiu em um erro que, em 2018, já não pode mais ser perdoado: achou que as novas mídias eram mais uma moda da juventude. Não são. Elas estão consolidadas como um dos principais meios de comunicação da atualidade. Com igual peso às velhas mídias. A ideia de meio de um nicho naufragou há algum tempo.
O ex-dirigente indica que a suposta perda de foco no antigo público diminui os ganhos da entidade, mas ignora o quanto os novos passos, já atrasados, são fundamentais para a sustentabilidade do negócio. Curiosamente, hoje a Máquina do Esporte mostra como a Nike tem ganhado dinheiro diretamente com as redes sociais.
O público da Fórmula 1 (e de qualquer outra modalidade de entretenimento) está nas redes. E é por elas que é possível ter um contato direto, seja para distribuir conteúdo ou para fazer uma venda mais eficaz.
Ter o conteúdo melhorado e bem distribuído é a única possibilidade de tornar esse e qualquer outro esporte sustentável. É difícil entender como Ecclestone não via isso.