As principais reportagens desta edição do Boletim Máquina do Esporte evidenciam o quanto está mais maduro o mercado de patrocínio esportivo.
Se, antes, as marcas se apoiavam no conceito de que a exposição dada pelo esporte justificava o investimento, elas agora entenderam que a ativação do patrocínio é vital para dar sentido ao alto investimento que foi realizado.
Sem ativação, o patrocínio perde o sentido. Ou, pelo menos, perde todo o potencial de negócios que teria.
Para que isso acontecesse, porém, foi preciso amadurecimento. E, no caso do futebol, de se entender uma premissa. Ativar o patrocínio a um clube não significa ganhar rejeição do rival.
Uma boa mostra disso é dada pela FAM. A faculdade reforçará, em cadeia nacional, o vínculo com o Palmeiras ao usar apenas os jogadores do clube numa propaganda que chama a atenção para o vestibular da instituição.
Os atletas não vestirão a camisa do clube, nem estarão valorizando o time do Palmeiras. Mas, de forma subliminar, reforçarão a relação entre clube e patrocinador, expondo ao público em geral um lado saudável da parceria.
O que o Palmeiras empresta à FAM, nesse caso, é a credibilidade de um dos maiores clubes do país. O torcedor rival terá mais confiança em escolher a faculdade ao ver que ela é “representada” pelos atletas do Palmeiras.
Da mesma forma, no Botafogo, o youtuber Felipe Neto usará o clube para falar com um novo público e divulgar sua marca de restaurante. Já o clube usará a força dele entre os jovens para também buscar novo público.
E tudo isso só ocorre se forem feitas ações de ativação da parceria. Elas que dão sentido à marca exposta na camisa, ampliando o negócio entre ambos.