A NFL, definitivamente, não teve uma boa temporada, pelo menos no público da televisão. O Super Bowl, evento disputado no último domingo, teve a pior audiência desde 2008, nos Estados Unidos. Foram 103,4 milhões de pessoas que acompanharam a partida entre Philadelphia Eagles e New England Patriots pela NBC, canal que exibiu o evento neste ano.
O número, claro, ainda é alto, o suficiente para manter o Super Bowl com sobras como o programa de maior audiência da televisão americana. Mas foi a terceira queda seguida da partida que define o campeão da NFL. Em 2015, houve o recorde de alta, quando 114,4 milhões de pessoas assistiram à disputa. Depois, apenas quedas.
A baixa audiência confirmou o mau momento vivido pela liga de futebol americano. Na atual temporada, a média de audiência foi 10% menor em relação ao ano passado. Ao longo do último ano, os números baixos foram relacionados aos protestos de jogadores no hino nacional dos Estados Unidos e até aos diferentes hábitos da nova geração. A expectativa, no entanto, era de alta na decisão do torneio.
Para a NBC, a transmissão foi lucrativa, com a venda dos espaços comerciais mantida no pico, a US$ 5 milhões por 30 segundos. O valor é o dobro do que as emissoras cobraram há uma década. Mas, com os atuais números, é possível que a CBS tenha que reduzir as quantias para a transmissão do próximo ano.
Há, por outro lado, algumas questões que amenizam a situação da NFL. A primeira, claro, é a manutenção do alto apelo do jogo. A queda recente acontece após anos de ouro do Super Bowl. As 103 milhões de pessoas são suficientes para colocar a partida do último domingo na 10ª posição entre as maiores audiências da história da televisão americana.
Outra questão está no streaming. Neste ano, mais de dois milhões de pessoas assistiram à partida pela internet nos Estados Unidos. Não é o suficiente para compensar a queda observada na audiência da televisão, mas é o maior público nas novas plataformas na história do Super Bowl.
Por fim, há o crescimento em outras regiões no mundo, que cada vez mais ganham importância para a liga americana. No Brasil, a ESPN conseguiu a audiência mais alta do evento, com aumento de 14% em relação ao ano passado. A emissora foi líder entre todos os canais pagos no momento do Super Bowl. Segundo o Ibope Repucom, o país já é o segundo mercado da NFL fora dos Estados Unidos, atrás apenas do México.