A notícia de que a Confederação Brasileira de Neve decidiu criar um clube de relacionamento, envolvendo o torcedor que tem interesse em praticar esportes na neve, é a prova de que, em se tendo criatividade, tudo é uma forma de gerar receita nesse universo.
O esporte tem um poder de engajar as pessoas que consegue transformar algo aparentemente complexo numa ação relativamente simples. Criar um clube de relacionamento, hoje, requer um trabalho grande de divulgação e de encontro do nicho de mercado em que você conseguirá ter sua atuação.
Há alguns anos, quando começou a febre dos clubes de relacionamento, só fez dinheiro quem foi mais rápido. É só ver o que acontece no mercado de bebidas. Clubes de relacionamento de vinhos e cervejas tiveram o salto, mas essa febre já baixou faz um tempo.
No esporte, porém, o sistema é bem diferente. Começou com o sócio-torcedor no futebol. E, agora, a ideia vai se espalhando para outros esportes, de formas distintas em cada um deles.
A diferença do esporte, em relação ao mercado “comum”, é que o vínculo do consumidor com o produto é emocional. Você se relaciona com o esporte em busca da satisfação pessoal.
É muito diferente de comprar um produto para consumo, quando você é movido também pela sua razão. No esporte, o vínculo é muito mais forte.
Existe a satisfação pessoal de praticar uma modalidade com um profissional, ou então de ter acesso a evento de alto interesse, ou ainda o encontro com um ídolo que marcou sua vida.
No esporte, vale a história de que, em se plantando, tudo dá. Mas para isso acontecer, é preciso ter criatividade e muita iniciativa. O poder de engajamento do fã cuida do restante.