A disputa pelos direitos de mídia das principais competições esportivas do mundo sempre fez com que as entidades enxergassem na venda exclusiva um caminho para faturar muito mais.
A pulverização do consumo de mídia na última década, porém, fez com que esse modelo deixasse de ser um bom negócio. Para qualquer uma das partes envolvidas nessa história.
As emissoras de TV não conseguem mais acompanhar a escalada do preço a ser pago pela exclusividade. Por outro lado, o esporte não pode mais ficar refém de apenas um meio de divulgar o seu produto. É melhor todo mundo abrir mão de ser sozinho para todos ganharem mais no final das contas.
O mercado brasileiro já mostra isso na transmissão do NBB. Logicamente que pela necessidade de divulgação e não para faturar mais, a liga decidiu que o sol deve brilhar para todos. O resultado? Aumento de 29% na audiência das transmissões via web, que chegou a 2,2 milhões de pessoas só na fase de classificação do campeonato.
O próximo passo começa a ser dado pelo futebol. Aí sim, por necessidade de aumentar faturamento, vamos nos reacostumar a ter diversos meios de poder acompanhar uma partida.
Mais uma vez, o ganho é de toda a cadeia. O esporte ganha em promoção. O torcedor, em acessibilidade. E os patrocinadores, nas opções de engajar cada vez mais pessoas em ações.
No beisebol americano, já há alguns times que conseguiram romper com a exclusividade de patrocinadores. Marcas concorrentes de cerveja já dividem o patrocínio ao mesmo clube. Em breve, essa será uma tendência do mercado americano. Mas até isso acontecer levará pelo menos uma década.
Por aqui? Levará uma eternidade.